sábado, 18 de dezembro de 2010

Das origens do presépio

     Com a chegada do Natal e dos seus motivos, relembrei Itália, Nápoles e a costa amalfitana.

     O tempo quente de férias nada tem a ver com o frio que, agora, fere as narinas, gela as mãos e corta a pele.
Foto da costa amalfitana, com o seu presépio de casas na encosta
(Agosto, 2010)  VO
      Foi a montar o presépio que ecoaram, na minha memória, as palavras da guia, algures no percurso entre Nápoles e a costa amalfitana: "Esta é a zona da origem dos presépios. Tudo isto se revê no que terá sido o primeiro presépio do mundo, construído em argila por São Francisco de Assis no século XIII (1223)". E, assim, se vislumbrava o casario pelas encostas (entre o traçado árabe e bizantino), além de se imaginar a iluminação que a noite traria.
     A propósito do presépio, parece que, em vez de festejar (como habitualmente) a noite de Natal na sua igreja, a floresta de Greccio foi o local para onde o então frade fez transportar uma manjedoura, uma vaca e um burro - figuras que passavam a explicar e a ilustrar melhor o Natal ao homem comum, a todos os que não conseguiam entender a história do nascimento de Jesus.
     De facto, vários foram os sinais da popularidade do costume, que parece ter surgido na província italiana da Campania.
    Uma nova tradição se instituía, espalhada que foi, durante a Idade Média, entre os principais espaços religiosos da Europa.
    Já em pleno século XVI, em 1567, a Duquesa de Amalfi mandou montar um presépio com 116 figuras para representar o nascimento de Jesus, a adoração dos Reis Magos e dos pastores, mais os cânticos dos anjos.


Presépio napolitano
à entrada do NH Ambassador
(Agosto, 2010)     VO



    Inspirado nesta experiência, não faltarão a manjedoura, o boi, o burro e umas quantas outras figuras no meu presépio, montado, desta feita, em terras gondomarenses, para aquecer um espaço que acolherá amigos e familiares.

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