segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Pode não vir bom vento, mas é possível um belo casamento

    É o que se pode dizer, face ao tradicional pensamento de que de Espanha nem bom vento nem bom casamento.

     Um espanhol (já conhecido e mencionado neste blogue) e uma lusa percorrem ruas e espaços lisboetas...
     Duas guitarras, entre elas a portuguesa.
     Uma melodia a duas vozes: as de Pablo Alborán e de Carminho.

 
    O trinado das vozes combina-se, numa proximidade ao fado português e a uma balada com toque de "salero" e "flamenco" (outro dos patrimónios imateriais da humanidade), que tomam o "perdão" como uma só palavra à espera da consequência.

       PERDÓNAME


Si alguna vez preguntas el por que
No sabré decirte la razón
Yo no la sé
Por eso y más
Perdóname

Ni una sola palabra más
No más besos al alba
Ni una sola caricia habrá
Esto se acaba aquí
No hay manera ni forma
De decir que sí


Si alguna vez
Creíste que por ti
O por tu culpa me marché
No fuiste tú
Por eso y más
Perdóname

Si alguna vez te hice sonreír
Creístes poco a poco en mi
Fui yo lo sé
Por eso y más
Perdóname


Ni una sola palabra más
No mas besos al alba
Ni una sola caricia habrá
Esto se acaba aquí
No hay manera ni forma
De decir que sí

Siento volverte loca
Darte el veneno de mi boca
Siento tener que irme así
Sin decirte adiós


Perdóname.

     Quase se diria um perdão conjunto, pelo afastamento histórico, mas com um olhar voltado para o horizonte de uma Ibéria que tem mais de proximidade nas diferenças do que separação.

4 comentários:

  1. É por isto que o feriado de 1 de dezembro já não faz sentido!...

    Que me perdoem D. João IV e os defensores do mito sebastianista, à boa maneira de "Frei Luís de Sousa"!

    Muito, muito bonito. Estou a trabalhar e a ouvir!
    oBrigada
    bjs
    Za

    ResponderEliminar
  2. Há muito que já não faz sentido!
    Diria mesmo que, desde que Camões foi designado "Príncipe dos Poetas de Hespanha", a Ibéria está mais fadada para a união do que para a separação. A unidade cultural já não é só com a Galiza. D. Manuel I tratou de a manter com Castela com a sua política de casamentos com três princesas castelhanas.
    Esta união musical resultou mesmo bem! Ainda bem que gostaste.
    Bjs.

    ResponderEliminar
  3. Belíssima escolha, belíssima combinação.

    Abraço
    Dolores

    ResponderEliminar
  4. Concordo.
    Há mesmo momentos musicais muito felizes. Este é um deles.
    Bjinho.

    ResponderEliminar