sábado, 23 de novembro de 2013

Regresso aos modificadores

     A propósito do conhecimento (nomeadamente o gramatical), não interessa onde o ter.

    Contacto para nova frase:

     Q: Olá, Vítor, tiras-me uma dúvida, p.f.? Em "A planta é conhecida no Brasil.", "no Brasil" é Modificador do Grupo Verbal, certo?

   R: Certo. Numa frase passiva, o núcleo verbal (o verbo 'conhecer' no particípio passado) ativa a estrutura argumental de um verbo transitivo direto: alguém CONHECE alguma coisa. 
       Subjacente à realização ativa 'Alguém conhece a planta no Brasil', o segmento 'no Brasil' corresponde ao modificador do grupo verbal. O mesmo sucede na transformação passiva, cujo predicado é formado pelo verbo auxiliar ser mais o particípio passado do verbo principal (conhecer > conhecida) e, ainda, o modificador que integra o predicado (no Brasil).
        Entre os testes que evidenciam este último dado, constam os seguintes:

1) a possibilidade de o modificador integrar a resposta focalizada no processo representado pelo verbo 'conhecer':
- O que é que se passa com 'A planta'?
- É conhecida no Brasil.

2) a possibilidade de esse modificador integrar uma questão cuja resposta focalize o sujeito sintático:
- Quem é / O que é que é conhecida no Brasil?
- A planta.

3) a possibilidade de o modificador integrar uma questão do tipo sim / não, podendo a resposta negativa dar lugar a reformulação:
- É no Brasil que a planta é conhecida?
- Sim, é. / Não, não é. É na China.

      Ainda a este propósito, aconselho a consulta de apontamentos anteriores, nos quais a questão foi já abordada com outros exemplos (alguns dos quais bastante complexos no seu processamento e na sua distinção sintática).

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