quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Prenda de Natal, em poema declamado

    Pediram-me um filme. Dei-lhes poesia em vídeo.

    No final de um período de aulas, antes da última aula e porque estamos a trabalhar Alberto Caeiro, repeti a experiência da partilha do poema VIII de 'O Guardador de Rebanhos' - uma visão do Natal; para mim, do poema mais bonito de Natal:

Declamação do Poema VIII de 'O Guardador de Rebanhos' (Alberto Caeiro), pelo ator Pedro Lamares,
no 'Porto de Encontro', pelos 125 anos do nascimento de Pessoa 
(30 junho de 2013, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett)

    Ouviram a declamação, escolheram versos, justificaram-se na escola e disseram se gostaram ou não do poema (porque esta  possibilidade também existe e é bom que surja, desde que fundamentada).
    Foram tantos os versos escolhidos! Alguns comuns; outros singulares. Os motivos da seleção foram tão variados quanto a razão do insólito, da estranheza, da diferença, para uns; da desconstrução dos rituais e dos dogmas para outros; do choque e da falta de decoro, para outros alguns. Tal como se ouve no vídeo, há quem fique chocado; há quem ache lindo.

     A experiência aconteceu. Fico feliz por já não ser possível dizer que os meus alunos desconhecem a existência do "Poema do Menino Jesus" - numa fé e numa religião tão próximas de cada um de nós, tão dessacralizadas que fazem acreditar num menino Jesus de carne e osso, menos boneco, mais real e natural.

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